Bem Doida!

quarta-feira, novembro 03, 2004

o balcão da cozinha e a salada temperada com azeite e sal.

tenho sonhado com um punhado de coisas que têm acontecido.
sonhei até com um picolé de cajá, num drive thru de farmácia, uma praça desertinha com uma bodega velha, umas árvores que ninguém sabia se era jiriquiti, pau brasil ou ipê. conversa fora, uma banda de revistas. andar de vidro aberto como se não houvesse um ou mil ladrões.
alguém atendeu um orelhão, daqueles comunitários. olhou pro joão gabriel e perguntou:
ei, chapa, teu nome é wellington?
depois de ver um não com a cabeça, continuou a conversa, desligou e saiu andando, bem malaca, com uma mochila de uma alça só, trespassada pra trás, um passo leve e molenga. e nós ficamos olhando o nada, porque nada estivemos durante todas as horas em que ficamos ali observando o passo lento de todo mundo que passava. o dono da banca queria enrolar a mulher. fazer ela trocar de marca de cigarro.
leva o mistral, mulher, que é mais barato.
não. vou levar o derby mesmo.
cê que sabe.
pois é. se eu mudar de idéia eu volto.

depois saiu andando com a fardinha de doméstica, a carteira de cigarros na mão, trabalhando no feriado. a patroa viajou?
andou e sumiu.
o iprede é bem ali pertinho, tem um terreno baldio e uma porção de sementes vermelhas no chão. uns cachorros, gentes, é bonito.
eu tenho achado que gosto mais de praças do que casas. parece que nasci no interior.
sonhei com chuva, também. mas isso eu não sei se vai ser.