Tenho quase certeza que meu porteiro pensa que eu sou lésbica. Agora ele deve achar que eu sou lésbica e tenho uma namorada muito apaixonada que me escreve cartas toda semana, uma estrangeira, talvez alemã, essa tal de Barbra Brusk.

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E olha as confluências do cosmos, Barbra:
Na hora do almoço comentei com a Bina que ainda não tinha visto o Enrico, que estava na festa de uma conhecida à qual não fui. Acrescentei que pensava que não o veria já que quase não saio de casa nos últimos tempos. Umas horinhas depois, estava na parada de ônibus esperando o Aguanambi-Rodoviária para ir à Cultura quando aparece a Thaís. Ia falar com ela a história de você ter ido ao jornal sexta com a Fernanda e eu não estar lá, mas o ônibus chegou e eu subi pensando nisso. Quando chego à aula de francês, quem eu vejo? Tu e a Fernanda. E eu novamente falo no Enrico. Assisto à aula, atravesso a rua, entro na faculdade e dou de cara com quem, hein? Com o Enrico demais. (Ô corrafofa, deuso). Falo pra ele que tinha acabado de falar dele com a Fernanda. Ele então diz que vai tentar encontrá-la na Cultura. Deve ter conseguido, afinal isso tudo foi muito cósmico.